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Localizada ao oeste de Laguna e ao norte de Criciúma, a cidade de Tubarão é uma paisagem obrigatória para aqueles que sobem ou descem a costa leste de Santa Catarina. Considerada uma das cidades mais importantes para o início do comércio e para o início das grandes ferrovias do sul do Brasil, o município nos dias de hoje possui um rico turismo histórico e é um paradeiro praticamente obrigatório para aqueles que desejam conhecer o passado do estado. Você conhece a origem de Tubarão? Sabias que o nome da cidade tem origem no tupi-guarani? Vem com a gente desbravar o passado de Santa Catarina!
Foto: Reprodução/ turismo.tubarao.sc.gov.br/sobre-a-cidade/
A história
O início de Tubarão foi um dos mais simples e ricos de SC. Com o movimento dos colonizadores surgindo através da rota Lages-Laguna no ano de 1773, a cidade de Tubarão era conhecida como Paragem do Poço Grande, um paradeiro praticamente obrigatório dos exploradores que traziam charque, queijo e outros produtos agropecuários da região serrana até a região litorânea. Com suas mulas carregadas, os viajantes estabeleciam-se ali para descansar até retomar sua viagem rumo à Laguna, e nesse ponto de parada a troca comercial era comum com os viajantes que vinham do Porto de Laguna, que cambiavam os seus pescados secos, o sal, farinhas e tecidos pelo saboroso charque que vinha da direção de Lages.
Foto: Reprodução/ https://tubarao.sc.gov.br/noticia-620864/
No ano seguinte à popularidade da rota, em 1774, o Rei João V de Portugal doou duas sesmarias para o capitão João da Costa Moreira, responsável pelo povoamento da região e pelo início da produção agropecuária ali, nas margens do Rio Tubarão. Aliás, Rio Tubarão esse que teve o nome herdado do tupi-guarani, do dialeto Tubá-Nharô, que significava "pai feroz". Acredita-se que esse significado foi atribuído pelas características do rio, que era o maior de sua região e apresentava um dos cursos de água mais rápidos, quase agressivo.
Foto: Reprodução/ https://tubarao.sc.gov.br/pagina-3049/
Com o crescimento constante e a relevância comercial da rota Lages-Laguna cada vez maior, a região foi elevada à Distrito de Poço Grande do Rio Tubarão no ano de 1833, e 3 anos após isso, em 1836, foi criada a Paróquia de Nossa Senhora da Piedade de Tubarão. Na época, com o catolicismo diretamente ligado à coroa, a criação de paróquias era um status de elevação de um distrito, e em Tubarão não foi diferente. Anos depois, em 27 de Maio de 1870, Tubarão finalmente desmembrou-se de Laguna e se tornou município, fator que acelerou exponencialmente o crescimento da cidade que agora possuía mais autonomia. Além disso, outros fatores cooperaram com o crescimento de Tubarão, como o início efetivo da imigração europeia e principalmente pela construção da ferrovia Estrada de Ferro Donna Thereza Christina, que acelerou as trocas comerciais de todo o estado que, na época, havia recém descoberto o carvão mineral em Imbituba. Clique aqui para saber o passado de Imbituba!
Dias atuais
Nos dias de hoje, Tubarão é o município mais relevante de sua região. Mesmo que tenha sua origem influenciada em grande parte pelo município de Laguna, Tubarão dos dias de hoje supera a sua "cidade mãe" tanto em PIB (R$ 4,8 Bi) quanto em população (< 110 Mil), mas o crescimento populacional nem sempre foi assim...
Foto: Reprodução/ https://www.espacoarqueologia.com.br/tubarao-151-anos/
No ano de 1974, um evento sombrio diminuiu a população de Tubarão e destruiu uma enorme parte da estrutura da cidade. A grande enchente do rio Tubarão foi o mais grave luto enfrentado pela população, e além de levar mais de 200 vidas, desalojou uma enorme parte da população: dos 70 mil habitantes de Tubarão, 60 mil acabaram sem seus lares, mais de 85% da população do município. Após isso, uma enorme parte decidiu deixar o município e se estabelecer em outras regiões próximas, e os que ficaram em Tubarão ajudaram a reerguer a estrutura e a economia do município. Em menos de 1 ano, Tubarão havia se reestruturado, e os esforços da população foram transformados na Torre da Gratidão, monumento erguido por Willy Zumblick ao lado da Catedral Diocesana de Tubarão.
Foto: Reprodução/ abencoadacidadeazul.blogspot.com/2016/07/catedral-diocesana-de-tubarao-paroquia.html
O mesmo que eternizou, eternizado foi. Nos dias de hoje, um dos principais pontos turísticos do município é o Museu Willy Zumblick, criado em memória de Tubarão e carregando o nome do mesmo que eternizou os esforços da população através da Torre da Gratidão. E por falar em pontos turísticos...
O que visitar
Catedral Diocesana e Torre da Gratidão
Como citamos ao longo do texto, a religião é fortemente ligada à toda história brasileira, e a antiga catedral de Tubarão foi um dos principais fatores de independência de Tubarão. Com o tempo, ela deu lugar à Catedral Diocesana, construída ao lado da catedral original no ano de 1971. Com o charme da arquitetura católica de amplos espaços, é um dos lugares mais lindos para se conhecer e fotografar em Tubarão, e logo ao lado dela está a Torre da Gratidão que citamos. Clique aqui para saber mais!
Foto: Reprodução/ pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Catedral_Diocesana_Tubar%C3%A3o_SC.JPG
Museu Willy Zumblick
Criado em memória de Tubarão e carregando o nome do criador da torre da Gratidão, o Museu Willy Zumblick conta a história do município e a sua relevância para a origem dos municípios vizinhos, além de ter um formato arquitetônico bem à frente de seu tempo. Clique aqui para saber mais!
Foto: Reprodução/ tripadvisor.com
Museu Ferroviário
A relevância do surgimento da Estrada de Ferro Donna Thereza Christina foi ímpar para o município, e acelerou o crescimento da Tubarão que conhecemos hoje. Lá dentro, é possível experienciar e ver de perto como era o transporte de antigamente, as lanchonetes, os vagões, além de ser um dos pontos turísticos mais preservados do município. Clique aqui para saber mais!
Foto: Reprodução/ tripadvisor.com
Eaí, você já sabia tudo isso sobre o passado de Tubarão? Conseguiu entender a relevância histórica do município? Já teve a oportunidade de conhecer essa linda cidade? Comenta aqui embaixo!
Fontes:
