top of page
Auxiliadora Predial Floripa Centro

Criciúma: conheça a história das 22 famílias italianas

Com colonização iniciada no final do século XIX, o município de Criciúma foi um dos mais relevantes para a cultura e a economia de Santa Catarina. Conhecida pelo seu passado carvoeiro, a cidade de colonização italiana remodelou sua economia diversas vezes com o tempo e se tornou um importante eixo comercial para o Estado. Você conhece as 22 famílias que deram origem à Criciúma? Sabe de onde eles vieram e como se sustentaram? Vem com a gente pra saber!


criciúma terezinha

1ª locomotiva de Criciúma Foto: Reprodução/ fme.criciuma.sc.gov.br/ Arquivo/ DECOM

A história das famílias

A chegada dos italianos em Criciúma se deu em 06 de Janeiro de 1880. Após uma exaustiva e longa viagem partindo de Vêneto, na região nordeste da Itália, as 22 famílias que deram início a Criciúma tiveram uma longa rota. Desembarcando no Rio de Janeiro após 30 dias em alto mar, as famílias logo embarcaram em outro navio, esse com rumo à Florianópolis.

De Floripa, os colonizadores partiram para Laguna em outra embarcação, e saindo do Porto de Laguna seguiram o curso do Rio Tubarão dentro de canoas e carroças até chegar na região da atual Urussanga, região que havia sido concedida pelo Governo Imperial aos colonizadores. Porém, as famílias se instalaram numa região ao sul de Urussanga, correspondente à atual região de Criciúma, onde um casarão aguardava pelos 141 italianos e italianas.


Como dito anteriormente, os 22 troncos familiares que deram início a Criciúma vieram da região nordeste da Itália, mais especificamente das cidades de Veneza, Treviso e Belluno. Os sobrenomes das 22 famílias eram Barbieri, Benedet, Billezimo, Casagrande, Dario, Darós, De Lucca, Martinello, Meller, Millanese, Milioli, Netto, Ortolan, Pavan, Piazza, Pierini, Pizzetti, Scotti, Sonego, Tomé, Venzon e Zanette.

Chegando na região, alguns conflitos com indígenas nativos resultaram em baixas. Das 141 pessoas que partiram da Itália, chegaram a Criciúma 139 pessoas. Os italianos passaram a chamar a região de "Cresciuma" devido à abundância do capim Cresciuma na área, e logo iniciaram a agropecuária de subsistência.


criciúma século 19

1ª locomotiva de Criciúma no século XIX Foto: Reprodução/ www.4oito.com.br/ Arquivo Histórico


Em um certo ponto, o excedente produtivo passou a ser comercializado, dando início às primeiras movimentações econômicas da região. Após isso, a região foi elevada à Distrito de Paz no dia 2 de setembro de 1892, classificação que deu mais autonomia para Criciúma na economia da região. Porém, Criciúma ainda era um distrito de Araranguá.

Estima-se que no ano de 1892, 12 anos após a ocupação inicial da região, mais de 1.000 pessoas já viviam na colônia. No ano seguinte, 1893, Giácomo Sonego descobriu o carvão mineral por acaso, após queimar uma coivara em cima de suas propriedades (técnica usada para aumentar a fertilidade do solo). Percebendo que algumas pedras mantinham o calor e se mantinham fumegantes por mais tempo, Giácomo logo chamou o ferreiro Benjamin Bristot para que observasse as rochas fumegantes dentro de suas fornalhas. Após enviar amostras para o Rio de Janeiro, foi constatado: era carvão mineral.


criciúma século 20

Praça Nereu Ramos após a emancipação de Criciúma Foto: Reprodução/ educacaobasica.unesc.net/ Historiagram

A evolução econômica

O carvão passou a ser utilizado mais intensamente em 1905, e todas as fornalhas da colônia eram movidas por ele. A partir da extração carvoeira, Criciúma diversificou seu comércio, que até então era baseado na agricultura e na criação de suínos. Com pouca extração de carvão inicialmente, o mineral extraído era destinado principalmente para a população local ou enviado em carroças para as regiões próximas, cenário que mudou após o início da 1ª Guerra Mundial.

Com a escassez do carvão internacional, o governo brasileiro passou a incentivar e acelerar a extração do mineral, e em 1915 foi inaugurada a primeira mina de carvão de Criciúma. 4 anos após a abertura da 1ª mina, no ano de 1919, a Ferrovia Teresa Cristina mudou drasticamente a realidade de transporte, possibilitando mais velocidade e capacidade para o comércio carvoeiro. Em 1925, ficou claro que Criciúma não poderia ser apenas um distrito de Araranguá, resultando no desmembramento da região e no surgimento do Município de Criciúma. Essa exploração intensa do carvão durou até meados dos anos 80, quando a atividade industrial começou a ser o principal meio econômico da região.


criciúma século 20

Foto: Reprodução/ Arquivo Histórico


Nos dias de hoje, Criciúma é o município mais relevante de sua região. Com um PIB que ultrapassa os R$ 10 Bi e um PIB per capita estimado em R$ 45 Mil. Estima-se que 59,7% desse PIB advém dos serviços, seguido de participações da indústria (26,7%), da administração pública (13%) e da agropecuária (0,7%) de acordo com o Caravela Info.


criciúma hoje

Foto: Reprodução/ locativa.com.br/ Prefeitura de Criciúma

O que fazer em Criciúma?

Por se tratar de uma cidade repleta de história e sem movimento turístico, os passeios que recomendamos fazer em Criciúma são aqueles que englobam a história da cidade. Por isso, separamos dois passeios que você precisa conhecer!


Mina de Visitação Octávio Fontana

Aberta ao público desde 2011, a Mina Octávio Fontana é a 4ª Mina de Visitação do mundo e a única Mina de Visitação da América Latina. Lá, uma réplica da locomotiva de 1922 guarda a entrada da mina, antiga propriedade da Família Fontana. Dentro da mina, é possível ver de pertinho como era o cotidiano dos que deram início à Criciúma, através de maquetes, histórias narradas e visitação à Gruta de Santa Bárbara, padroeira dos mineiros.

Clique na imagem para mais informações!

mina de visitação octavio fontana

Foto: Reprodução/ https://viva.criciuma.sc.gov.br/pontoturistico/22

Parque dos Imigrantes

Criado em comemoração aos 139 anos de Criciúma, o Parque dos Imigrantes é um espaço aberto com diversos equipamentos esportivos à disposição dos visitantes. Com estrutura feita com referência à primeira indústria de criciúma, o Casarão do Parque dos Imigrantes guarda uma antiga atafona, instrumento tradicional utilizado para a fabricação de farinha (de milho, de mandioca e de polvilho).

Clique na imagem para mais informações!

parque dos imigrantes criciúma

Foto: Reprodução/ https://viva.criciuma.sc.gov.br/pontoturistico/28


Eaí, você já conhecia a história completa do início de Criciúma? Já visitou algum dos lugares a cima? Comenta aqui embaixo!


Mantenha-se atualizado sobre Florianópolis e Santa Catarina. Siga nosso Instagram!



Fontes:

  • https://www.caravela.info/regional/crici%C3%BAma---sc

  • https://www.camaracriciuma.sc.gov.br/historia-de-criciuma-autoria-archimedes-naspolini-filho

  • https://www.camaracriciuma.sc.gov.br/cronologia-historica-criciumense

  • https://viva.criciuma.sc.gov.br/historia

  • https://viva.criciuma.sc.gov.br/pontoturistico/22

  • https://viva.criciuma.sc.gov.br/pontoturistico/28

178 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comentarios


bottom of page